sexta-feira, 25 de julho de 2014

Um crítico literário vai a um show de forró.



Eis que me entreguei, pela segunda vez, aos apelos de minha senhora e resolvi ir ao show. MPB, Bossa Nova, música clássica? Que nada. Um show de forró.
Logo na entrada, uma primeira lição: a de que se deve esperar certa quantidade de pessoas, já dentro da casa de festa, para se poder entrar. A lógica aqui é que é preciso uma multidão para a festa ser boa, ou para se ser feliz durante a noite. Jeito estranho de ser feliz. O poeta nos diria que a nossa felicidade não pode está condicionada, unicamente, a felicidade do outro.
Entrando, pude logo perceber que as críticas ao modo de divertimento da grande massa operária fazem todo o sentido. Eles querem apenas diversão. Não são seletivos. Quaisquer coisas lhes servem. Diferentemente do literato que só o acima do bom lhe satisfaz. E por falar em coisas, quantas coisas a serem analisadas no bendito show.
O som. Há o som... De uma amplificação tão péssima que de dez palavras cantadas pela banda, apenas uma se podia entender. Mistério que coube a minha senhora revelar-me: “a letra pouco importa. O que empolga mesmo é o barulho”. E por lembrar da banda... É interessante perceber que nesses tipos de shows tem sempre um pré-show com bandas que, na maioria das vezes, cantam as mesmas músicas que serão cantadas pela banda principal (égua, juro que isso eu ainda não consigo entender).
E o show segue. E as pessoas rodopeiam atônitas no salão na personificação de um mesmo personagem: a alegria (embora fugaz e efêmera). A cerveja em excesso faz com que a felicidade chegue antecipada. O vocalista manda os famigerados alôs (lembrei daqueles alôs que se ouvia na Rádio Rural de Santarém). Tudo muito diferente do mundo interior do eu pessoal do crítico literário.
Mas quem disse que o crítico não gostou do que viu, ou ouviu... Prova disso, é que passados alguns dias as imagens da festa vivem em sua mente, e vez ou outra, seus lábios balbuciam “versos” do que seria uma das músicas daquela noite:
“Eu puxo teu cabelo,
Dou na tua cara.
Te chamo de cachorra,
Te dou uma pisa de vara...”  


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Palavreando no III Festival de Cultura, Identidade e Memória Amazonida – FECIMA.


A última sexta-feira me trouxe dois momentos de muita alegria e satisfação. O primeiro deles foi a passagem de aniversário de minha querida esposa. E o segundo, foi ter apresentado a comunicação oral intitulada “A FOTOGRAFIA ENQUANTO EXPRESSÃO ARTÍSTICA DA REALIDADE: RETRATOS DO COTIDIANO DE ÓBIDOS”.
Trata-se de uma pesquisa inicial que buscou somar minha paixão pela fotografia e meu lado acadêmico de pesquisador. No geral, tanto as fotografias como a pesquisa teórica foram bem elogiadas pelos professores avaliadores.
A partir de agora darei continuação a esta linha de pesquisa lendo outras obras e adquirindo equipamento melhores.
Leia abaixo o resumo do trabalho.

A FOTOGRAFIA ENQUANTO REPRESENTAÇÃO ARTÍSTICA DA REALIDADE: RETRATOS DO COTIDIANO DE ÓBIDOS

                                                          VIANA, Rômulo José da Silva ¹

Um dos conceitos que mais definem a fotografia é o papel que ela exerce na representação da realidade do sujeito. Essa representação fotográfica do real se dá de diferentes formas. Uma delas é quando a captura do instante é feita a partir do olhar pessoal do fotógrafo objetivando transformar esse recorte cotidiano em uma expressão artística. Partindo dessa ideia, este trabalho tem como objetivo discutir essa faceta da fotografia. Para tanto, a partir do pensamento de alguns teóricos, serão apresentadas algumas fotos que foram capturadas em vários retratos do cotidiano da cidade de Óbidos: da cheia do rio amazonas ao patrimônio histórico cultural, no intuito de despertar no observador essa expressão artística que a fotografia tem como símbolo de significação para a realidade do individuo. Espera-se desta forma, despertar nos obidenses olhares perceptíveis quanto a representação artística da realidade na qual estão inseridos.
Palavras – chave: Fotografia, Representação artística, Cotidiano obidense.

III FECIMA: três dias de Tafulhamento de Histórias, Memórias e Patrimônios Amazonidas, em Óbidos.

Caminhada Memorial Histórico-cultural
Nos dias 17, 18 e 19 de julho deste ano, Óbidos recebeu o III Festival de Cultura, Identidade e Memória Amazonida – FECIMA. Foram três dias em que a história do povo obidense (suas memórias e patrimônios amazônidas) foi tafulhada.
Este festival, realizado anualmente, tem a proposta de ampliar as reflexões sobre produção cultural, memorial e de Identidade no Baixo Amazonas, sua relação com a produção regional, nacional e internacional. Com o tema MINHA TERRA, MEU TORRÃO: Tafulhando Histórias, Memórias e Patrimônios Amazônidas, o III FECIMA serviu de espaço de divulgação e resgate da cultura, de incentivo às artes, de debate literário e linguístico, de registro e reconstrução da história e memória amazônida, para preservação da identidade quilombola, para a promoção do turismo étnico cultural e ambiental do Baixo Amazonas.
Comunicação Oral
Durante os três dias diversas atividades foram desenvolvidas, tais como: mesas redondas temáticas, comunicações orais, oficinas do patrimônio histórico-cultural, caminhada histórica destacando as diversas influências europeias na arquitetura obidense, noite cultural, lançamentos de livros e muito mais.
Um dos momentos de destaque foram às comunicações orais em que diversos temas foram apresentados destacando a cultura de Óbidos e de seus municípios vizinhos. Chamou atenção, também, as oficinas que discutiram a construção dos patrimônios históricos do povo obidense. Destaque para a oficina realizada na Capela do Bom Jesus, que debateu todo o processo histórico e cultural da construção física e religiosa deste espaço.
Oficina do Patromônio Cultural na Capela do Bom Jesus
E que venha o FECIMA 2015!







sexta-feira, 4 de julho de 2014

Como fazer uma comunicação na modalidade oral para jornada acadêmica


     
Olá caro leitor do blog. Hoje vou apresentar um texto no qual ensino uma das formas de se apresentar um trabalho em uma jornada acadêmica. Digo uma das formas porque são duas as modalidades de um trabalho ser apresentado: modalidade ORAL e PÔSTER. Nesse post falarei sobre a modalidade oral.
Como o próprio nome já diz, a apresentação se dá de forma oralizada por meio de slides. Mas até chegar no momento da exposição é necessário, primeiramente, produzir o trabalho. O primeiro passo é escolher o tipo de resumo que será produzido. Este pode ser dos seguintes tipos: Resumo de trabalhos de extensão; Resumo de trabalhos de ensino; de pesquisa ou de Tecnologia e Inovação; e de relato de experiências.
a) Resumo de Trabalhos de Extensão – Trabalho de Extensão se caracteriza pela sua natureza intervencionista, junto ao público alvo da comunidade em geral e/ou da comunidade universitária, em que pode ser articulado arte, ciência, ensino, pesquisa e desenvolvimento sustentável. O resumo deve conter introdução, descrição das principais ações desenvolvidas, resultados alcançados até o momento, impactos causados na comunidade e/ou transformações alcançadas com o projeto.
b) Resumo de Trabalhos de Ensino - Trabalho contendo experiências e/ou práticas de ensino-aprendizagem. Deve conter a descrição do tema central do trabalho, público (sujeitos/comunidade) para o qual o trabalho está direcionado, justificativa, objetivos e metodologias utilizadas, resultados e conclusões.
c) Resumo de Trabalhos de Pesquisa ou de Tecnologia e Inovação – Trabalho delineado de acordo com as normas de metodologia científica. Deve conter a caracterização do tema, justificativa, objetivo da pesquisa, metodologia utilizada, resultados e conclusão.
d) Relato de experiências: trata do informe de experiências vivenciadas ou atividade prática contendo tanto impressões reais quanto psicológicas e críticas que sejam importantes de serem compartilhadas. Deve-se apresentar rapidamente o problema, em seguida as metodologias utilizadas e por fim, o relato da experiência, de modo impessoal, informando o público-alvo e demais dados que venham mostrar ao leitor a pertinência do relato, destacando possíveis questionamentos, soluções e intervenções.
Escolhido o tipo de resumo, você deverá enviá-lo para submissão. Uma vez aceito (lhe é enviada uma carta de aceite) é hora de construir a apresentação. Geralmente pede-se que o aluno faça poucos slides devido o tempo reduzido de apresentação (10 minutos). Será nesses slides que se desenvolverá o conteúdo do resumo de forma clara e breve.

Abaixo apresento um exemplo de resumo.



A FOTOGRAFIA ENQUANTO REPRESENTAÇÃO ARTÍSTICA DA REALIDADE: RETRATOS DO COTIDIANO DE ÓBIDOS



                                                      VIANA, Rômulo José da Silva ¹


Um dos conceitos que mais definem a fotografia é o papel que ela exerce na representação da realidade do sujeito. Essa representação fotográfica do real se dá de diferentes formas. Uma delas é quando a captura do instante é feita a partir do olhar pessoal do fotógrafo objetivando transformar esse recorte cotidiano em uma expressão artística. Partindo dessa ideia, este trabalho tem como objetivo discutir essa faceta da fotografia. Para tanto, a partir do pensamento de alguns teóricos, serão apresentadas algumas fotos que foram capturadas em vários retratos do cotidiano da cidade de Óbidos: da cheia do rio amazonas ao patrimônio histórico cultural, no intuito de despertar no observador essa expressão artística que a fotografia tem como símbolo de significação para a realidade do individuo. Espera-se desta forma, despertar nos obidenses olhares perceptíveis quanto a representação artística da realidade na qual estão inseridos.



Palavras – chave: Fotografia, Representação artística, Cotidiano obidense.

Modalidade: ORAL (X)