domingo, 20 de novembro de 2016

Resumo do V Festival de Cultura, Identidade e Memória Amazônida de Óbidos – Fecima.



Nos dias 17, 18 e 19, do corrente mês, aconteceu em Óbidos à quinta edição do Festival de Cultura, Identidade e Memória Amazônida de Óbidos – Fecima. Realizado pelo Programa de Extensão Cultura, Identidade e Memória na Amazônia – PROEXT-CIMA – do Centro de Formação Interdisciplinar da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, o evento tem como propósito servir de espaço de debates e divulgação de produções de cultura, da identidade e da memória no baixo amazonas.
Neste ano o tema abordado foi: Amazônia: expressão de identidades; lugar de memórias. Este ano a grande novidade foi a realização do I Feciminha, que tem como público alvo as crianças, no intuito de incentivá-las, desde cedo, a educação patrimonial e o gosto pela cultura obidense. Este primeiro feciminha aconteceu na Escola Dom Floriano e contou com a grande participação dos alunos.
Professora Edithe lançando seu livro
Ainda no dia dezessete, a noite na casa da cultura, deu-se início oficial ao V Fecima, onde aconteceu o lançamento do livro A Fênix da Amazônia, de autoria da escritora obidense Edithe Carvalho Vieira. Na ocasião, o coordenador do Fecima, Professor Dr. Itamar Rodrigues Paulino, fez uma abordagem literária acerca da obra e, especificamente, do livro lançado da escritora.
No sexta, pela manhã, ocorreram oficinas de temas diversos. Destaque para a oficina que aconteceu no museu onde foi possível discutir e compreender um pouco mais sobre a importância do Museu Integrado de Óbidos para a sociedade obidense.
Já pela parte da tarde da sexta e do sábado, ocorreram as apresentações orais de trabalhos e pesquisas acadêmicas. Num total de oito apresentações sobre temas diversos que contribuíram para pensarmos temas importantes, como por exemplo: a saúde de nossas comunidades tradicionais, o sistema municipal de cultura e a importância da memória preservada pelo obidense. Vale destacar o momento de contação de causos, na sexta à tarde, por Jorge Ari (membro da AALO).  
No sábado, pela manhã, como já é praxe aconteceu o passeio com intervenções históricas a Serra da Escama.
Já pela parte da tarde, deu-se o encerramento do V Fecima com a caminhada pelos casarios históricos de Óbidos tendo como guia o senhor Haroldo Tavares.


Alunos visitando o Museu

Oficina sobre Museologia
Contação de causos


Jorge Ari contando seus causos

Apresentação de trabalho oral
I Feciminha


Haroldo Tavares contando um pouco sobre a história de Óbidos

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Varal de Sonhos

Com o amanhecer de cada dia me vem os sonhos ainda sonhados.
Estendo cada um num tipo de varal do inconsciente,
Não para que fiquem ali estendidos secando ao sol.
Mas para que ao cair da noite eu possa recolher cada um na forma da concretização sonhada.
O varal dos sonhos é metáfora!
Logo, não queira exigir seu significado completo.
Nesse varal cabe uma infinitude de pensamentos...
Pensamentos postos a cada amanhecer
Que pelo raiar do sol, que escapa por detrás da Serra,
São iluminados os passos da caminhada para se chegar ao sonho: Sonhos de Varal...

domingo, 30 de outubro de 2016

Tudo sobre a Redação do Enem 2016 Parte I



          Que tipo de texto teremos de fazer?




         O candidato terá que redigir um texto em prosa do tipo dissertativo-argumentativo, sobre um tema de ordem social, política, cultural ou filosófica. 


         Você terá que defender uma tese, apoiando-se em argumentos convincentes e ao final do texto deverá, obrigatoriamente, apresentar uma proposta de intervenção social, para o problema apresentado que respeite os valores humanos e culturais. 


A Estrutura do Texto Dissertativo-argumentativo


         Introdução: É o ponto de partida do texto. Por isso, deve apresentar de forma clara o assunto a ser tratado e também delimitar as questões referentes a esse assunto que serão abordadas. Dessa forma, a introdução encaminha o leitor, colocando-lhe a orientação adotada para o desenvolvimento do texto.  


         Desenvolvimento: É a parte do texto em que ideias, conceitos, informações, argumentos de que você dispõe serão desenvolvidos, de forma organizada e criteriosa. 


         O desenvolvimento deve nascer da introdução: nesta, apontam-se as questões relativas ao assunto que será abordado; naquele, essas questões devem ser desenroladas, avaliadas – sempre por partes, de forma gradual e progressiva. A introdução já anuncia o desenvolvimento, que retoma, ampliando e desdobrando, o que lá foi colocado de forma sucinta.  


         Conclusão: É a parte final do texto, um resumo forte e sucinto de tudo aquilo que já foi dito. Além desse resumo, que retoma e condensa o conteúdo anterior do texto, no caso específico do Enem, deve-se fazer uma proposta de intervenção para a solução do problema discutido no corpo da redação. 


Coesão e Coerência


         A coesão de um texto, isto é, a conexão entre os vários enunciados obviamente não é fruto do acaso, mas das relações de sentido que existem entre eles. Essas relações de sentido são manifestadas sobre tudo por certa categoria de palavras, as quais são chamadas conectivos ou elementos de coesão


         assim, desse modo, ainda, aliás, além do mais, além de tudo, além disso, isto é, mas, porém, embora, ainda que


Coerência


         Em uma redação, para que a coerência ocorra, as ideias devem se completar. Uma deve ser a continuação da outra. Caso não ocorra uma concatenação de ideias entre as frases, elas acabarão por se contradizerem ou por quebrarem uma linha de raciocínio. Quando isso acontece, dizemos que houve um quebra de coerência textual.


         A coerência é um resultado da não contradição entre as partes do texto e do texto com relação ao mundo. Ela é também auxiliada pela coesão textual, isto é, a compreensão de um texto é melhor capturada com o auxílio de conectivos, preposições, etc.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Óbidos e a morte de seus casarios



No último dia onze um “crime” chocou parte da população de Óbidos. Embora, tenha sido um crime bárbaro diante dos olhos de alguns, a fatalidade não fez nenhuma vítima humana, não deixou ninguém ferido. Mas matou parte da história dos obidenses ainda preservada nas ruinas da fachada do casario da Bacuri. Isso mesmo, o crime aqui metafórico, diz respeito à morte de mais um casario na cidade que ainda é conhecida como a mais portuguesa da Amazônia (digo que ainda é, pois no andar das demolições não saberemos até quando poderá ostentar tal título).

O casario em questão, era aquele situado na rua Deputado Raimundo Chaves, s/n, no centro histórico de Óbidos. A casa funcionou de sede da empresa francesa “Compagnie Agricole et Commerciale du Bas Amazone”, em 1907. Lá também serviu de residência para o senador e intendente municipal Correa Pinto.

Atualmente, da imponente residência do passado, restavam apenas ruinas e memórias nas lembranças daqueles que um dia puderam contemplá-la em sua originalidade. Esse estado de abandono fez com que muitos cidadãos tivessem a ideia errônea de que o único fim seria mesmo a demolição. No entanto, especialistas afirmaram que ainda era possível preservar a faixada com o uso de técnicas modernas. Porém, o destino foi mesmo à derrubada para erguer em seu lugar uma agência bancária.

Este casario serve de exemplo para refletimos como a memória do município é tratada, tanto por parte do próprio município como também pelo poder público estadual. Ressaltamos que, no caso em questão, algumas vozes se levantaram a favor da recuperação do casario como o ministério público, que recomendou nas duas últimas gestões municipais o tombamento do imóvel (não atendido pelas gestões municipais). O esforço de entidades como a AAPBEL, a ARQPEP e a ASAPAM que pediram o tombamento do casarão junto ao DPHAC/SECULT, numa tentativa de obter uma ação mais efetiva dos órgãos de preservação no sentido de sua salvaguarda.

Diante disso tudo, devemos nos perguntar por que uma cidade tão histórica como Óbidos não preserva seus casarões antigos? Por que o município não cria uma politica efetiva de parcerias para preservação desses casarios? Por que não se vê na cidade uma campanha de conscientização quanto à educação patrimonial? São questionamentos importantes, pois assim como a casa da bacuri temos outros imóveis e bens tombados que caminham para o mesmo destino. E o que é pior: com apoio de muita gente que ainda não compreendeu a importância de preservar o maior patrimônio do município: seus casarões históricos.

domingo, 11 de setembro de 2016

RETORNO AO PEDAL: IGARAPÉ DO CURUÇAMBÁ


Depois de muito tempo parado das pedaladas mais longas, e do final de vinte sessões de fisioterapia do meu joelho, resolvi retomar os prazeres do pedal ainda que de forma bem tímida.

Acordei cedo. Os primeiros raios solares logo despertaram. Tomado o café arrumei todos os apetrechos que sempre levo comigo: celular, câmera, mochila, etc. Feito isso, foi hora de pegar a bike e partir rumo à estrada até o Igarapé do Curuçambá.

A manhã estava muito boa para uma pedalada: sobra e sol frio (isso só no início). A estrada, embora seja de areia dessas que quando molhada parece que sugam o pneu, estava bem conservada e na maior parte do trecho, seca.

Fui pedalando num ritmo bem leve, vivenciando o momento. Ao longo do caminho percebi que há pessoas que utilizam esse trecho para prática de exercícios como corrida e caminhada. E nesse pedalar, depois de mais ou menos 40 min já estava diante das águas gélidas do igarapé.

Tendo chegado ao destino resolvi esticar um pouquinho mais o percurso indo pouco mais além. Na volta, mergulhei em águas geladas permanecendo ali por quase meia hora.